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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Reality Show - 14 anos depois



Parece mentira mas já se passaram 14 anos desde que estreou em Portugal o primeiro Reality Show, coisa ainda um tanto ou quanto desconhecida para a grande maioria. Apesar de naquela época ser ainda uma jovem adolescente, assisti com entusiasmo e muita curiosidade à sua estreia. A ideia de passar quatro meses fechada numa casa, sem qualquer informação do exterior, acompanhada por uns tantos desconhecidos, era, para mim, uma aventura única e que adoraria viver na pele.

Os anos passaram e, com eles, fomos assistindo também a várias edições de Big Brother e coisas semelhantes, com outras premissas, que estiveram longe do sucesso do primeiro. A evolução foi tanta que, actualmente, numa Casa dos Segredos já só se encontra o conceito mais primitivo de ficarem fechados na casa durante aqueles meses sem informações ou contacto com o exterior, e mesmo assim já está longe de ser levado assim à letra. Aquilo, que antes era quase certo, de eles não se conhecerem, é agora uma miragem. Todos se conhecem ou, pelo menos, alguém conhece e sabe muita alguma coisa sobre os outros, muitas vezes acontece saberem o próprio segredo do vizinho do lado.

Mas isto são tudo mudanças naturais, tendo em conta a própria evolução do programa na sua procura por mais audiências dando às pessoas aquilo que querem e esperam ver neste tipo de programa. Muita peixeirada, escândalos, discussões, traições e tantas outras coisas dentro do género. O que me espanta, de facto, são estes jovens - e alguns já não tão jovens assim - e as suas motivações na hora de concorrer. Se antigamente, a malta concorria pelo dinheiro, claro está, por alguma fama - que todos sabiam ser sol de pouca dura - e pela vontade de viver uma experiência única, quando olho para esta malta vejo uma sede de fama desenfreada e uma ambição desmedida na busca de viver à conta dos louros desta participação, mas sem ter muito trabalho que não é disso que esta gente precisa. Pior que esta mentalidade limitada e pequenina, considero ser a falta de escrúpulos e de limites no caminho que decidem tomar para chegarem à sua meta. Estão dispostos a tudo. Aparecer como umas putinhas do pior já é coisa vulgar. Aliás, quanto mais se mostram, se despem, mais capas de revista protagonizam. No caso deles, quanto mais gajas "comeram", de preferências várias ao mesmo tempo, numa confusão tal que já nem se percebe bem quem era a oficial, quem era a outra ou as outras, mais sucesso terão nesta montanha russa que dura até ao final do ano.

Assim se expõem os esqueletos do armário, os dos próprios, da família, dos amigos, do periquito se preciso for. Tudo para estar mais presente, e por mais tempo, nos meios de comunicação, para fazer mais presenças e viver às custas das marcas que lhes oferecem isto e aquilo. Se no ano 2000 adoraria participar num Big Brother, hoje seria incapaz de me expôr numa Casa dos Segredos, onde o tamanho das mamas é mais importante do que aquilo que tens na cabeça. Aliás, desmiolados é o que se quer. Vamos esperar para descobrir o que esta Casa dos Segredos 5 nos irá trazer.

5 comentários:

  1. Sem dúvida que o que mais noto é a perda da ingenuidade e da autenticidade. Agora, como dizes, já a sabem toda e vão em modo de personagem, sem personalidade própria. Tudo isto faz com que tenha perdido o verdadeiro encanto.

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  2. Sim, parece que foi ontem que vi o primeiro e último programa do género, vi até o Marco mandar um pontapé à outra, algo que nunca me esqueci e sempre admirei, foi digno de se ver, depois disso... Bah!

    Mas mais uma vez te pergunto:
    "Queres que te empreste uns livrinhos para parares de desperdiçares minutos preciosos da tua vida com essas pessoas que causam danos cerebrais irreversíveis só de as ouvirmos, quanto mais olharmos para elas?"

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    Respostas
    1. Só causam danos a quem se deixa contaminar. Vejo com sentido crítico, nunca com admiração e, ainda menos, desejo de imitar. Coitados é daqueles que os vêm como uns heróis ou ídolos.

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    2. Com tanta gente que realmente merece ser vista e ouvida por ai...

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    3. De facto, só é pena que não exista mais espaço para esses de que falas. Mas não são estes pobres espíritos que têm culpa. As pessoas é que não querem conteúdos melhores, infelizmente.

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